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Corte da Selic prejudica meta de fundos

MÔNICA CIARELLI / RIO - O Estado de S.Paulo

A queda das taxas de juros no Brasil desenhou uma nova realidade para os fundos de PENSÃO, acostumados ao retorno garantido dos títulos públicos. O diretor de investimentos da Previ, Renê Sanda, alerta que em um ano, no máximo, nenhum papel do governo vai oferecer rentabilidade suficiente para assegurar às fundações o cumprimento das metas atuariais.

Fórmula para aposentadoria é progressiva

Segundo o esboço de proposta apresentado aos líderes políticos, a reforma previdenciária a ser formalizada após as eleições, que adota a fórmula 85/95 - soma do tempo de contribuição e idade de 85 anos para mulheres e 95 para homens -, não será uma solução definitiva. Ao longo do tempo, essa soma vai aumentar progressivamente. De acordo com fontes do governo, a mudança terá um custo fiscal importante para a PREVIDÊNCIA. A razão é que a alteração dará vantagem de 40%, em média, para as mulheres e de 15% para os homens, segundo os cálculos oficiais

Ribamar Oliveira

Brasil é 4º mais desigual na AL

Quarto lugar em desigualdade

Brasil avança, mas está entre os países com maior distância entre ricos e pobres na região

Janaina Lage e Rafael Roldão

mazelas LATINO-AMERICANAs

Chance de recalcular aposentadoria cria passivo de R$ 49 bi

Por Marta Watanabe e Bárbara Pombo | De São Paulo e Brasília

José Mariano de Jesus tem 48 anos e conta os dias até outubro, quando completará o período de trabalho necessário para pedir sua aposentadoria por tempo de contribuição. Assim que completar os 35 anos, irá entrar com o pedido do benefício. Jesus prefere "garantir já o direito" antes que o valor da aposentadoria seja achatado por um novo fator previdenciário, que deve entrar em vigor a partir de dezembro, ou por mudanças em discussão no sistema previdenciário.

Aposentado por invalidez entra na mira

JULIANNA SOFIA
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
O governo quer reduzir o número de aposentadorias por invalidez pagas pela PREVIDÊNCIA Social e prepara um programa para reabilitar trabalhadores do setor privado.

Com o pagamento desses benefícios, a PREVIDÊNCIA gasta R$ 60 bilhões por ano, atualmente pagos a 3,2 milhões de pessoas. A meta é economizar R$ 25 bilhões com trabalhadores reabilitados.

As estatísticas do Ministério da PREVIDÊNCIA mostram que atualmente 18,7% dos benefícios concedidos são referentes a aposentadorias por invalidez.

As pensões que ceifam o erário

O problema está nas situações exóticas, como, por exemplo, a dos companheiros de segurados que contribuíram uma única vez para o sistema e, ainda assim, fazem jus aos valores.

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Abusos em pensões lesam cofre público

Casos de pessoas que recebem o benefício pelo resto da vida por causa de uma única contribuição do parceiro geram R$ 500 milhões de gastos para o INSS. Ainda que haja suspeitas de irregularidades, ministério não consegue impedir pagamentos devido a brechas na lei

» Vânia Cristino

Pensão sem fundos

MARIA LUÍZA FILGUEIPAS

Crise econômica mundial mudou convicções de Dilma

Por Cristiano Romero | De Brasília

A presidente Dilma Rousseff se convenceu de que precisava mudar o modelo de crescimento da economia brasileira no fim do ano passado, quando começou a ficar claro que, mesmo em 2012, o Brasil teria dificuldade para crescer no mesmo padrão do período 2004-2010. Depois de participar em Cannes, na França, da reunião de cúpula do G-20, ela percebeu que a economia mundial entrara numa espiral com efeitos negativos sobre o PIB brasileiro. O mundo não ajudaria mais o Brasil como fez nos anos recentes.

Fim de contribuição de inativo volta a ser destaque na Câmara

Por Caio Junqueira | De Brasília

Pressionada pela maior greve desde a chegada do PT ao Palácio do Planalto e pelo calendário eleitoral, a Câmara dos Deputados se movimenta para levar ao plenário a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 555, de 2006, que praticamente acaba com a contribuição previdenciária do servidor inativo.

Não esperem por milagres

A crise da zona do euro continua a se aprofundar. Após Irlanda, Portugal e Grécia perderem acesso ao mercado financeiro e serem forçados a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), à União Europeia (UE) e ao Banco Central Europeu (BCE), a chamada "Troika", Itália e Espanha entraram definitivamente em foco.